O Propósito do Sexo Segundo a Bíblia Sagrada

O sexo como criação divina possui finalidades específicas. Holmes afirma que a “história da ética cristã é bastante clara nesse particular.

 A psicologia do sexo indica o seu potencial de união, e sua biologia indica um potencial reprodutivo” (HOLMES, 2013, p. 130). 

Portanto, o relacionamento sexual conforme idealizado pelo Criador prevê uma realização completa entre macho e fêmea na busca do prazer conjugal e na procriação da espécie.

Passagens

1. Multiplicação da Espécie Humana

A finalidade primordial do ato sexual refere-se à procriação. 

Deus abençoou o primeiro casal e lhes disse: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). 

Tal como o Criador ordenara a procriação dos animais (Gn 1.22), também ordenou a reprodução do gênero humano.

Nesse ato, Deus concedeu ao homem poderes para se multiplicar assegurando-lhe a dádiva da fertilidade. 

Depois da queda no Éden (Gn 3.11,23) e a consequente corrupção (Gn 6.12,13), Deus enviou o dilúvio como juízo para eliminar o gênero humano (Gn 6.17), exceto Noé e sua família (Gn 7.1). 

Passado o dilúvio, Noé recebeu a mesma ordem recebida por Adão: “E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 9.1).

A terra despovoada deveria ser repovoada para dar continuidade aos desígnios divinos (Gn 3.15; Rm 16.20).

A bênção da fertilidade

Como já visto, a ordem divina para a procriação da espécie humana é precedida pela bênção da fertilidade (Gn 1.28). 

A partir dessa dádiva e ordenança divina, as narrativas bíblicas registram a busca pela maternidade e paternidade como anseio geral tanto de mulheres quanto de homens.

A fertilidade passa a ser indispensável para o cumprimento do preceito divino.

Desse modo, os registros das Escrituras quanto à sexualidade estão intrinsecamente relacionados com a reprodução e procriação da vida humana.

Após a queda do homem no Jardim do Éden, Deus avisa que, por causa da  desobediência, a bênção da fertilidade trará também sofrimento: “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos” (Gn 3.16).

Apesar desse novo ingrediente, mulheres e homens, por meio da união heterossexual e do casamento monogâmico, anseiam cumprir a multiplicação da espécie e prover descendência para a família.

2. Satisfação e Prazer Conjugal

Por muito tempo, o catolicismo ensinou que a procriação era o único propósito da relação sexual. 

O Concílio de Trento (1545-1563) disciplinou a prática sexual com fins exclusivos de reprodução e proibiu o sexo aos domingos, nos dias santos e no jejum quaresmal. 

Não obstante, a Bíblia também se refere ao sexo como algo prazeroso e satisfatório entre um marido e sua esposa: “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade […]” (Pv 5.18,19), e ainda “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida […]” (Ec 9.9).

Assim, na união conjugal, o homem e sua mulher devem buscar satisfação sexual (1 Co 7.5).

O prazer e o deleite sexual não devem servir para a satisfação promíscua e egoísta de um dos cônjuges. 

A satisfação conjugal deve ser precedida do sentimento mútuo de amor entre macho e fêmea (1 Co 7.3-5). 

Apesar das afirmações equivocadas da atualidade que associam amor, sexualidade e casamento como sendo uma invenção da era burguesa do século XVI, a Bíblia Sagrada ensina desde os primórdios o mútuo cuidado, carinho e o respeito entre um homem e uma mulher casados (Ef 5.21-28). 

Desse modo, a completa satisfação sexual envolve emoções, sentimentos, carícias e prazer para ambos os cônjuges. 

De acordo com as Escrituras, o romance e o dom da sexualidade devem ser usados para o prazer mútuo dentro do contexto do casamento monogâmico e heterossexual.

3. O Correto Uso do Corpo

No ato sexual ocorre a fusão de corpos (Mt 19.6).

O sexo estabelece um vínculo tão forte entre os corpos que os torna uma só pessoa.

Como os nossos corpos são membros de Cristo (1 Co 6.15) e templo do Espírito Santo (1 Co 3.16), as Escrituras proíbem o uso do corpo para práticas sexuais ilícitas (1 Co 6.16). São condenadas, dentre outras, as relações incestuosas (Lv 18.6- 18), o coito com animal (Lv 18.23), o adultério (Êx 20.14) e a homossexualidade (Rm 1.26,27). O corpo não pode servir à promiscuidade (1 Co 6.13). 

Assim, o nosso corpo deve servir para glorificar, e não para afrontar a Deus (1 Co 6.20).

Templo do Espírito Santo Escrevendo à Igreja em Corinto, Paulo menciona vários tipos de pessoas que pecam contra o corpo e são sexualmente imorais, tais como, “os devassos”, “os adúlteros”, “os efeminados” e “os sodomitas”, os quais, afirma o apóstolo, não herdarão o reino de Deus (1 Co 6.10). 

Em seguida, o texto paulino questiona a igreja acerca do uso indevido do corpo: “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?” (1 Co 6.15). 

Por conseguinte, Paulo ensina que o corpo não pertence ao crente, e sim a Deus; por isso, o corpo não pode ser objeto da imoralidade sexual (1 Co 6.18). 

O ensino assevera que a imoralidade sexual é pecado que afronta ao próprio corpo, que é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). 

Por essa razão, o crente não deve contaminar o corpo, pois é santuário de Deus. 

Por fim, exorta-nos o texto bíblico: “[…] glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). 

Conclui a Escritura que o nosso corpo foi comprado por bom preço, e, por essa razão, pertence ao Senhor que nele habita e requer do crente salvo que mantenha o templo do Espírito Santo em pureza sexual.

Bibliografia: Valores Cristãos Enfrentando as Questões Morais do Nosso Tempo

Autor: Douglas Baptista

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