Quem foi Adão na Bíblia? A História do Primeiro cabeça de Raça da Humanidade
Você sabia que Adão morreu com 930 anos, e que mesmo pecando contra Deus, mesmo assim Deus o amou. Conheça a Biografia de Adão.
Quem foi Adão na Bíblia?
Adão foi o homem de quem se originou toda a raça humana. O NT apresenta Adão como o representante da humanidade e relaciona o problema do início do pecado à sua primeira transgressão.
Quanto ao significado de seu nome, a etimologia não oferece nenhuma ajuda. Existem três possibilidades rivalizando-se entre si.
A palavra pode ter vindo de outra pala vra semelhante, ‘adama, que significa “solo vermelho”, ou da raiz dama que significa ‘‘ser como” (uma referência a d‘mut, isto é, “semelhança”, ( Génesis 1.26; 5.1).
Ou da raiz acadiana adamu que significa “fazer ou pro duzir”. TaJvez essa última interpretação possa merecer a nossa preferência.
A Bíblia afirma que Deus criou Adão (Gn 2.7), colocou-o no Jardim do Éden (2.8-15), deu-lhe uma ordem relacionada à árvore da ciência do bem e do mal (2,16,17) e, por fim, colocou uma mulher ao seu lado como companheira em um ato separado da criação (2.18-25).
Deus os abençoou e concedeu prosperidade pelo poder de sua palavra e ordenou que se multiplicassem e fossem senhores de todas as criaturas vivas sobre a terra (1.28).
Quando submetido à tentação da serpente, Adão sucumbiu, da mesma forma que sua esposa havia feito antes dele. Isso marcou o evento geralmente conhecido como “a queda”.
Imediatamente após esta queda, o destino modificado de nossos primeiros pais tornou-se conhecido através ae seus atos e da sentença que Deus lhes designou.
Eles não foram amaldiçoados. Em sua imensa misericórdia, o Senhor os condenou a continuar a viver durante algum tempo, e lhes forneceu as primeiras vestimentas.
Mas Ele os expulsou do jardim onde vinham morando. Eles tiveram filhos, na verdade tiveram vários filhos (cf Gn 5.4).
O próprio Adão morreu com a idade de 930 anos (Gn 5.5). Adão é um personagem histórico, não apenas uma figura poética ou um personagem mítico.
No AT a palavra adam é usada mais de 500 vezes com o sentido de humanidade e também como nome próprio.
Esses dois usos aparecem no registro de Génesis, mas somente a partir de Génesis 4.25 pode ser definitivamente afirmado que a pessoa específica de Adão está sendo considerada.
Antes disso, ele é geralmente considerado como um representante humano, embora o termo Adão em Génesis 3.16,21 pareça ocorrer sem o artigo definido, sugerindo que nesses versos o nome tem um significado e a pessoa está sendo especificamente mencionada.
Existem dois relatos sobre a criação de Adão. Á explicação habitual para esse fato, segundo os mais competentes críticos modernos, é que esses dois relatos originam-se de duas fontes separadas usadas pelo autor.
E, para reforçar essa opinião, muitas vezes é realçada a íntima incompatibilidade entre os dois relatos.
Mas, totalmente à parte dessas fontes, de que devemos sempre falar com muito cuidado, parece que o relato em Gênesis 1 é bastante resumido em sua forma e está de acordo com o padrão de trabalho dos seis dias da criação.
Enquanto o registro feito em Génesis 2 é suplementar – embora não sendo em nenhum sentido contraditório ao capítulo 1 – ele fornece certos detalhes extremamente essenciais ao entendimento daquilo que se segue.
Esse último ponto de vista é geralmente aceito por estudiosos da Bíblia Sagrada que seguem uma linha conservadora. Nesse registro duplo encontramos dois fatores que estão presentes no homem.
Deus criou o homem do pó da terra (2.7) e, em seguida, soprou em suas narinas o fôlego da vida. Há uma característica inferior e uma superior em seu ser.
Em segundo lugar, ele foi feito “à imagem de Deus” (1.26,27), uma afirmação importantíssima que o autor, em nenhum momento, chega a definir em detalhes.
O relato suplementar (Gn 2) também fornece a maneira exata como Eva foi, criada; ele fala da localização do Jardim do Éden e também de duas árvores extremamente importantes.
Também foram descritos os deveres do homem nesse estágio inicial da existência; ele deveria cultivar e guardar o jardim (2.15).
A divina graça manifestou-se no fato de que um único mandamento foi dado ao homem: ele não deveria comer da árvore da ciência do bem e do mal.
Esse mandamento foi desobedecido, o que trouxe trágicas consequências. O fato quase surpreendente dessa narrativa sobre Adão e a queda é que existem raras referências a ele no AT.
Uma comparação feita com o texto hebraico original irá mostrar uma possível referência a Adão em Deuteronômio 32.8; Jó 31.33 e Oséias 6.7.
Seria seguro entender que o caráter básico do evento da criação do homem e de sua queda foi geralmente aceito de forma natural.
A plena avaliação teológica da queda viria posteriormente nos escritos dos apóstolos.
Igualmente estranho é o fato de que, nos livros apócrifos, existem inúmeras referência as a Adão e à sua importância básica.
As passagens no NT que fazem referência a Adão são Mateus 19.4-6, Romanos 5.12-21;1 Coríntios 15.22,45; 1 Timóteo 2.13,14 e Judas 14.
Em cada uma delas, não se pode duvidar que Adão é considerado uma figura histórica. O capítulo 5 de Romanos é particularmente forte: duas pessoas são contrastadas – Adão e Cristo – com uma ampla análise das consequências de seus feitos. A importância de ambos é inquestionável.
Bibliografia: Dicionário Bíblico Wycliffe
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