Como o Cristão Deve se Posicionar Diante da Polarização Política
A Igreja de Cristo precisa tomar cuidado com a “politicagem” e definir com cuidado e temor a Deus a sua atuação e mobilização política.
Não poucos crentes são contrários ao envolvimento ou a posição da Igreja em relação à política.
Acreditam que a Igreja não pode comprometer-se com o poder temporal sob o risco dos escândalos.
No entanto, o argumento dos escândalos não se sustenta, pois infelizmente eles são inevitáveis (Mt 18.7).
O que a Igreja precisa é de equilíbrio e sabedoria para tratar essas questões e não ficar alienada acerca daquilo que acontece na vida em sociedade na qual está inserida e faz parte.
Passagens
O Perigo da Politicagem
Os dicionários em geral conceituam politicagem como “política reles e mesquinha de interesses pessoais”.
O perigo dos atos politiqueiros envolvendo os cristãos é colocar em descrédito o evangelho e a igreja.
Assim, os políticos contrários às convicções cristãs não podem receber o apoio e nem o voto da igreja. No cristianismo primitivo, a Igreja em Corinto foi advertida a observar este princípio: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça?
E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14).
Um mal a ser combatido Infelizmente, nesse quesito, alguns segmentos cristãos ludibriam e manipulam o rebanho do Senhor Jesus. Interessados em levar vantagem pessoal não hesitam em apoiar candidatos políticos corruptos e contrários à fé cristã.
Vislumbram benefício econômico e “status” social.
Sem nenhum pudor, estão interessados em manter ou adquirir privilégios para si ou para os seus e indispostos a sofrer retaliações por causa do evangelho.
Não satisfeitos em apoiar candidatos de conduta repreensível, soma-se a esse erro o uso da mídia e do púlpito da igreja para angariar votos aos que praticam a iniquidade.
Como cidadãos, temos o direito de votar e pedir voto para quem quisermos.
Contudo, não podemos nos esquecer de que, como embaixadores de Cristo, representamos os interesse do Reino de Deus na terra.
Portanto, não podemos permitir e nem promover apoio àqueles que afrontam o Reino de Deus.
Como Delimitar a Atuação da Igreja
Os princípios éticos devem ser estritamente observados. O púlpito da igreja não pode ser transformado em “palanque eleitoreiro”.
A igreja precisa de conscientização política, contudo, não deve para tal propósito ocupar o espaço da Palavra ou da adoração em suas reuniões.
A conscientização deve ser fundamentada em princípios cristãos. As propostas e as ideologias dos partidos políticos devem ser conhecidas e analisadas sob a ótica cristã.
A postura, propostas e ideais do candidato precisam ser avaliados à luz das Escrituras Sagradas (Is 5.20).
A missão da Igreja
Não se pode confundir a cruz de Cristo com ideologias partidárias. A renovação política não pode ser substituída pela transformação espiritual.
A degeneração da sociedade não será resolvida ou corrigida por uma série de leis que inibam a má conduta.
Somente a propagação do evangelho de Jesus Cristo pode deter o declínio e a ruína moral de nossa sociedade.
A igreja deve fazer oposição a qualquer lei que desrespeite a mensagem do evangelho.
Precisa se mobilizar para erradicar os políticos corruptos nas esferas municipal, estadual, distrital e federal.
Porém, a batalha nas urnas será constante. Se usarmos apenas a ferramenta política, com certeza venceremos umas batalhas e perderemos outras.
Mas, se cumprirmos nosso papel de sal da terra e luz do mundo, o poder do evangelho pode desarraigar para sempre a iniquidade dos corações.
Levantemos a bandeira da conscientização política e da mobilização evangélica, contudo, sem esquecermos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.12).
Ajustando o Foco da Igreja
O povo de Deus não pode limitar-se a fazer oposição e oferecer resistência à iniquidade no poder temporal.
Não pode depositar sua confiança e esperança nas decisões políticas. As lideranças devem buscar e incentivar o avivamento espiritual.
O avivamento liderado por John Wesley (1703-1791) trouxe mudanças sociais na Inglaterra. O mal a ser combatido é o pecado.
Quando a mensagem de arrependimento for pregada ao mundo, então vidas serão transformadas.
O Espírito Santo terá liberdade para convencer os ouvintes da verdade, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Nossa nação sofrerá transformações sociais e espirituais.
Ação do Espírito Santo
Essa ação do Espírito Santo acontece quando a igreja se recusa a ser um mero clube de encontros e transforma-se em lugar de adoração.
Com a liberdade concedida ao Espírito, pecados são confessados e abandonados.
A velha natureza é substituída e ocorre radical transformação, e o caráter passa
ser revestido “do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
Desse modo, quando a Igreja se deixar guiar total e plenamente pelo Espírito, então poderemos ser o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5.13,14).
Quando certos líderes cristãos deixarem de se preocupar com o crescimento numérico desprovido de qualidade.
Quando a disputa por audiência ou por poder for deixada de lado. Quando os embates para conquistar igreja maior ou mais rica forem abandonados.
Quando o foco for ajustado ao cumprimento do Ide de Cristo (Mt 28.19). Quando o foco for ajustado para a unidade do corpo de Cristo (Jo 17.21).
Quando os crentes começarem a viver para a glória de Deus (1 Co 10.31). Quando a ortodoxia cristã for defendida e proclamada (Jd 3).
Quando tudo isso e muito mais acontecer por obra do Espírito, então será possível experimentar um avivamento espiritual.
Nossa nação sofrerá transformações sociais e espirituais.
E, acima de tudo, o nome do Senhor será glorificado “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pe 2.12).
Bibliografia: Valores Cristãos Enfrentando as Questões Morais do Nosso Tempo
Autor: Douglas Baptista
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