Quem foi Davi?| A História completa do segundo Rei de Israel

O nome Davi pode significar amado, do nome hebraico, ou por amor do Senhor ou porque o Senhor o amava.

Passagens

Quem foi Davi?

Davi foi o Segundo rei de Israel e fundador da monarquia unida.

A principal fonte da vida e da época de Davi podemos encontrar no material encontrado nos li­vros de 1° e 2° Samuel e 1° Reis 1 e 2 .

O nome Davi pode significar amado, do nome hebraico,  ou por amor do Senhor ou porque o Senhor o amava. 

Davi nasceu em Belém de Judá, uma cidade a cerca de dez quilômetros ao sul de Jerusalém. 

Era a cidade de Boaz e Rute, e tor­nou-se mais conhecida como cidade natal de um filho de Davi, o Messias de Israel.

Davi era o caçula de uma família que tinha dez filhos, re­lacionam apenas nove, talvez um filho ti­vesse morrido na infância

Seu pai, Jessé, era um ancião rico e muito res­peitado em Belém, e que reivindicava ser da linhagem de Boaz. E Davi era um filho da velhice de Jessé 

Rei Davi os Anos de sua Juventude

A primeira menção a Davi ocorre no relato da visita do profeta Samuel a Belém para escolher um sucessor para o rei Saul. 

No sacrifício ao qual Jessé havia sido especialmente convidado, Samuel começou a entre­vistar os seus filhos como possíveis candidatos ao reino.

Um por um, Jessé apresen­tou seus meninos, mas nenhum parecia atender às especificações divinas que Sa­muel procurava no futuro líder.

Finalmente, Samuel pediu a Jessé que lhe apresen­tasse o filho caçula; portanto, Davi foi convocado de sua tarefa de cuidar das ovelhas e ganhou a aprovação do profeta como o homem de Deus para a nação. 

Embora Davi tenha sido ungido na presença de seus irmãos, o propósito exato dessa unção permaneceu desconhecido de todos os presentes.

Muitos estudiosos acreditam que aqueles que estavam presentes à festa interpretaram o ritual desse ato como a representação da escolha Davi para suceder Samuel em seu minis­tério profético, da mesma forma como o profeta Elias havia ungido o jovem Eliseu como seu sucessor,

O texto em primeira  Samuel capitulo dezesseis, versículo doze,  afirma que Davi era ruivo, levando muitos a acreditar que Davi tinha cabelos vermelhos, tinha belos olhos e era encantador. 

Muito mais impor­tante para Samuel e para Israel era a garantia de que desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. 

Ele foi o escolhido do profeta e de Deus para a tarefa que aguardava a nação. 

Ele se tornaria o escolhido do povo algum tempo depois.

Davi ficou conhecido em Israel por causa de dois importantes acontecimentos, um rela­cionado com a música e o outro relacionado com sua competência física.

Na busca de um habilidoso músico que pudesse aliviar a me­lancolia de Saul, Davi foi recomendado por um membro da corte para ocupar essa posição.

O texto em1° Samuel  relaciona, entre suas qualificações, que Davi “sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guer­ra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele”. 

Além da boa aparência e do excelente talento musical, ele tinha  um bom antecedente familiar, podia lutar se fosse chamado.

Sabia como contornar situa­ções difíceis e possuía o carisma que é neces­sário para alguém que presta um serviço público. Parece que Davi possuía todos os requisitos de um jovem destinado a um grande futuro. 

É percebido, novamente, que o Senhor estava com ele. 

A versatilidade de Davi cha­mou a atenção de Saul, de forma que ele rapidamente ganhou um duplo papel na corte; portador da armadura do rei e seu músico particular. 

Como Belém estava apenas a um dia de viagem de Gibeá, o domicílio do rei Saul, acredita-se que Davi retomava sempre à sua casa para continuar a cuidar dos reba­nhos de seu pai. 

Seu prestígio cresceu, com grande velocidade, tanto em Benjamin como em Judá. 

Nos primeiros anos de sua juventude, outro acontecimento que chamou a atenção de toda a nação, foi sua vitória sobre Golias, o gigante filisteu.

O ca­pítulo dezessete pode estar referindo-se a eventos anteriores à contratação de Davi para tocar na corte de Saul, incluídos de forma intercalada pelo autor, para explicar as qualificações de Davi.

Davi deixou sua casa em Belém para levar alimento aos seus irmãos guerreiros, e levar notícias a Jessé sobre como a batalha estava evoluindo.

Ao chegar ao cam­po de batalha, ficou sabendo que Golias estava desafiando o exército hebreu havia quarenta dias,

Nas guerras gregas era costume que dois guerreiros lutas­sem em duelo para determinar o resultado de uma batalha.

Ao invés de dois exércitos participarem de um combate direto (Aquiles e Héctor finalmente decidiram a Guerra de Tróia através de um duelo). 

Como os filisteus controlavam a indústria do metal e tinham sido guerreiros habilidosos desde a juventude, o exército hebreu estava em grande des­vantagem. 

Seu equipamento e táticas militares eram inferiores aos do gigante filisteu soberbamente treinado. Apresentar-se como voluntário para lutar contra ele era puro sui­cídio. 

Saul conhecia as poucas chances de uma vitória e ofereceu elevadas recompensas a qualquer um que pudesse se apresentar; isen­ção de impostos para a casa de seu pai e a mão de sua filha em casamento.

Davi ofereceu-se para aceitar o desafio de Golias, e Saul lhe deu o melhor equipamen­to militar que o exército hebreu conseguiu reunir. 

Davi recusou a armadura por ser difícil de manejar e escolheu as suas próprias armas, as armas de um pastor, a pedra e a funda. 

Ele aceitou a ofer­ta de Golias como uma oportunidade para expressar sua heróica fé na vitória que Deus tinha reservado para o seu povo.

Golias foi derrotado por um menino pastor, sua cabeça foi levada para a metrópole de Jerusalém como um troféu de guerra, e sua armadura colocada na tenda de Davi.

Davi e Jônatas

A vitória de Davi sobre Golias serviu para introduzi-lo ainda mais na corte de Saul. Lá ficou conhecendo Mical, a filha de Saul, que se tornaria sua esposa e também o encantador príncipe Jônatas. 

A história dessa mú­tua amizade e lealdade é uma obra prima da literatura bíblica. Sua amizade era igual a uma única alma em dois corpos. 

O laço que unia Jônatas a Davi não era uma mera  ad­miração pela sua heróica coragem e extraordinária habilidade em manejar a funda.

nem uma mera simpatia pelo fervente amor que dedicava ao país e um ódio comum aos filisteus, mas principalmente sua fé comum na aliança de amor entre Deus e Israel. 

Essa unidade de espírito conquistou Jônatas, que estabeleceu com Davi um pacto de amizade simbolizado pela troca de presentes 

Davi Fugitivo do Rei Saul

Davi exerceu sua função tão bem, que sua fama espalhou-se através do país. Ele se tornou o filho favorito do povo comum e da corte.

 Hinos foram compostos por mu­lheres cantoras enaltecendo sua bravura, e estes eram muito melhores do que aqueles entoados para o próprio rei. Isso levou ao desenvolvimento de uma ruptura entre Saul e Davi.

 Em várias ocasiões, Saul tentou assassiná-lo, encorajou sua corte a afastá-lo, enviou-o a perigosas missões.

 e até propôs um feito aparentemente impossível com o pretexto de que poderia se distinguir de tal forma em sua realização que se tornaria um genro digno para o rei. 

Nenhum plano de Saul, nem de qualquer membro de sua corte, foi capaz de eliminar Davi, pois “o Senhor estava com ele”. 

O receio de Saul era legítimo, pois via clara­mente que Davi, e não Jônatas, seria seu sucessor no reino. 

Jônatas conhecia a reali­dade do receio de seu pai, mas tinha um es­pírito bondoso e via em Davi um homem muito mais adequado para sucedê-lo no tro­no de Israel naqueles dias tão tumultuados. 

Jônatas tentou várias vezes remediar a rixa entre Saul e Davi, mas não teve sucesso. Fi­nalmente, Davi precisou fugir para salvar a própria vida. 

Sua esposa Mical o ajudou a escapar da armadilha do rei Saul por meio de um artifício.

 Ela colocou a imagem de um ídolo (deus do lar) na cama de Davi, aumen­tou o dorso da imagem com um acolchoado feito de pele de cabra e cobriu tudo como se fosse um vestuário.

Em seguida, comunicou aos homens que haviam recebido ordens de Saul para prendê-lo, que Davi estava doen­te. 

Saul mandou, então, que os homens trou­xessem Davi em seu leito até a corte, e só então o artifício foi descoberto. 

A pergunta de Saul a Mical foi respondida com uma mentira cuidadosamente explicada

Até a família de Saul parecia ter se inclinado em favor do jovem Davi. Primeiramente, Davi fugiu para Samuel em Ramá  

Estava, sem dúvida, procurando a influência e a proteção que aquele grande líder religioso poderia proporcionar. 

Também precisava ter a certeza de que Deus tinha um futuro para ele na estru­tura de governo da nação. 

Alguns têm argumentado que Davi se ofereceu para acompa­nhar Samuel e desistir do espinhoso caminho para o trono. 

As repetidas tentativas de Saul para capturar Davi em Ramá redundaram em total insucesso. 

A parada seguinte de Davi foi o santuário de Nobe, para garantir armas e alimento para uma fuga até a cidade dos filisteus chamada Gate. 

Seu método de assegurar ajuda tem sido seriamente questionado, pois mentiu para conseguir pão e uma espada. 

Davi fez uma sábia escolha ao fugir para a terra dos filisteus. Lá ele recebeu o treina­mento básico de um recruta do próprio povo que, mais tarde, iria desafiar pelo direito de um completo controle sobre a Palestina.

 Seu recém adquirido conhecimento militar pode­ria, certamente, equipá-lo para lutar contra o mais temido inimigo de Israel.Enquanto fugia do rei Saul, Davi foi formando um exército heterogéneo. 

Os miseráveis, os que estavam em débito e o descontentes juntaram-se a ele e, dessa estranha mistura, Davi formou um sólido núcleo de compa­nheiros leais. 

Muitos deles não eram hebreus. Mas com eles, começou uma série de movimentos na área do Neguebe, em Judá. 

O fato de ter fugido de Saul lhe oferece numerosas oportunidades de conquistar os clãs de Judá por sua causa.

 Muitos esta­vam desiludidos com o programa de Saul e com as suas preferências tribais, e estavam 

de forma vagarosa, mas segura, se inclinando em favor do movimento que via em Davi o grande defensor da causa de Israel.

 Davi fez muitos gestos de amizade para obter o apoio dos clãs de Judá com seus presentes e políticas de proteção.

 Os casamentos de Abigail e de Ainoã fortaleceram as alianças com poderosos clãs das montanhas ao sul de Judá.

A paciência de Davi e seu respeito para com o rei Saul eram admiráveis. Ele nada fez que pudesse derrubar seu trono, mas simplesmente manteve um passo à frente daquele rei que o perseguia. 

Seu respeito religioso e sadio por aquele que havia sido ungido por Deus e, ao mesmo tempo, um constante desenvolvimento de seu próprio programa a fim de estar preparado quando Deus o chamasse para assumir a liderança, eram seus objetivos . 

Esse tempo chegou com a morte de Saul e Jônatas na batalha do Monte Gilboa. Quase toda a nação de Israel lamentou a trágica morte de seu rei. Davi chorou com eles e os compôs em honra a Saul e Jônatas .

Davi Rei de Israel

Rei em Hebrom. Davi tornou-se rei da tribo de Judá  antes de se tornar rei de toda a nação de Israel. Sua capital era Hebrom, cerca de cinqüenta quilômetros ao sul de Jerusalém, de onde dirigiu os assuntos de Judá durante sete anos e meio. 

Entre seus empreendimentos mais estratégicos para a expansão de seus domínios vemos os gestos de amizade para com os homens de Jabes- Gileade, na Transjordânia, a convocação de Mical, sua esposa, e seus atos de cortesia dirigidos aos principais líderes de Benjamin.

 De forma vagarosa, porém se­ gura, Davi foi capaz de conquistar toda a le­gião de colaboradores do remo de Saul para o sólido apoio que havia conquistado em Judá. Finalmente, 

Davi foi coroado rei de todo o Israel. Ele foi o primeiro monarca de um império unificado e o fundador de uma dinastia que permaneceu no poder durante quatrocentos e vinte e cinco anos. 

Poucas dinastias no mundo conse­guiram igualar os recordes da família de  Davi. O Novo Testamento revela a natureza eterna do rei­no de Deus no verdadeiro Filho de Davi, o Rei dos reis, o Senhor Jesus Cristo.

Rei em Jerusalém, Davi teve muitas esposas e concubinas que lhe deram muitos filhos e filhas. Seus filhos mais famosos foram Absalão, Adonias, Amom e Salomão.

Tamar foi sua filha mais famosa. Sua família foi duramente atingida pela tragédia.

 A intriga e a rivalidade sempre acompanham a carreira dos filhos que nascem de pais que têm várias esposas. 

Absalão matou Amom pelo estupro de Tamar; Joabe, sobrinho de Davi, assassinou Absalão por traição, e Salomão expulsou Adonias por razões políticas. Os problemas familiares de Davi eram a tragédia de sua vida. 

Ele era capaz de unir uma nação de tribos obstina­das, enquanto seus filhos criavam um caos bem debaixo de seus olhos.

O primeiro ato de Davi, como rei de Israel, foi escolher um determinado lugar para a capital, que pudesse ser aceito tanto pelas tribos do norte como do sul; Jerusalém tor­nou-se esse lugar. 

Davi construiu o seu pa­lácio no Monte Sião, uma colina situada a sudoeste, que havia sido capturada dos jebuseus, e ergueu inúmeros edifícios governamentais para abrigar os seus escritórios. 

Sua própria experiência e o período dos Juízes provavam que a nação não podia depender de um exército formado pelo povo. Por esta razão, Davi criou um exército de soldados profissionais. 

Este era composto por muitos quereteus e peleteus sob a li­derança de Benaia, de Cabzeel e de seiscentos ho­mens.

Davi teve vitoriosas guerras contra os filisteus, contra Edom, Moabe, Amom e Aram ou Síria.

Suas duas mais significativas contribuições para a vida de Israel foram;  a unificação das doze tribos em uma monarquia cuja capital estava situada em Jerusalém,

e segundos os planos para a centralização da adoração do povo de Israel em um templo nesta capital.

 Ele o fez estabelecendo a adoração do povo de Israel de acordo com a lei Mosaica, como se pode ver no ritual da arca.

 Colocando a arca, símbolo do Deus invisível, no centro do país, Davi centralizou a adoração em Jerusalém e preparou o caminho para o templo. 

Vitórias subsequentes lhe creditaram não 

somente os materiais para sua construção, como muitas das músicas que iriam fazer parte dessa adoração no templo.

Os judeus que viveram depois de Davi o consideraram como o rei ideal, e retrataram, como um segundo Davi, o governante dos dias felizes que esperavam.

Avaliação do reinado de Davi

Davi não era isento de defeitos. O caso que manteve com Bate-Seba e o assassinato de Urias são indicadores de sua fraqueza huma­na.

 Ele demonstrava, muitas vezes, um certo desrespeito pelos homens que haviam sido seus constantes apoiadores (por exemplo, Joabe e o exército de Israel na rebelião de Absalão). 

Entretanto, era fiel aos compromissos, intensamente leal a seus amigos e mais acessível à direção dos profetas do que Saul. 

Tem sido chamado de doce cantor de Israel; o fundador de uma dinastia de reis; um profe­ta: e um homem amado por Deus, pois o seu coração estava inclinado a Ele, e sabia como se arrepender e implora a graça divina.

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Estudando a Palavra de Deus Ajudando o Corpo de Cristo crescer em Conhecimento e União, através dos Ensinamentos da Bíblia Sagrada Nosso Alvo: A Eternidade com Cristo

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