JERUSALÉM| A História de Jerusalém (Contexto Bíblico)

Jerusalém foi capturada em 168 a.C., e seu Templo profanado. Mas ela foi recapturada em 165 a.C. por patriotas ju­deus liderados pela família macabeana de cinco irmãos.

Passagens

A Pré-história de Jerusalém

A pré-história de Jerusalém remonta pelo menos ao início da Idade do Bronze, quando tribos nômades acamparam na colina sudeste, e deixaram panelas de cozinha e ferramentas de pedra para fazer fogo em uma ca­verna, em aprox. 3000 a.C. 

Ela deve ter sido considerada uma cidade santa nos tempos patriarcais, pois foi registrado que Abraão pagou o dízimo a Melquisedeque, seu ini­gualável sacerdote-rei (Gn 14.18-20). 

Na época da invasão israelita (aprox. 1400 a.C.), Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, li­derou uma coalizão que em vão desafiou o avanço de Josué (Js 10.1-26), 

Durante o pe­ríodo Amarna, seu governante, Abdu-Heba escreveu várias cartas ao Faraó solicitando ajuda militar, Depois dis­so, os israelitas capturaram a cidade fora dos muros e a incendiaram (Jz 1.7,8);

Porém eles aparentemente não ocuparam a fortaleza, pois foi registrada como uma cidade dos jebuseus não conquistada (Jz 1.21; 19.10-12). 

Devido às suas defesas naturais, os jebuseus mais tarde se sentiram suficientemente for­tes para desafiar Davi e seus homens. É bas­tante provável que Joabe e seus guerreiros tenham conseguido o acesso à fortaleza atra­vés do grande túnel de água que vinha da fonte de Giom (2 Sm 5.6-9; 1 Cr 11.6).

Poço em Jerusalém

Em 1867, Charles Warren descobriu um poço vertical com aprox. 12 metros de altura dentro da colina. Ele permitia que os moradores tirassem água de um reservatório que era abastecido por meio de um túnel horizontal que voltava à fonte. 

Havia uma passagem irregular que ia do topo do poço até a superfície. A entrada para a passagem esta­va situada dentro do muro da cidade, que ficava a 50 metros do cume das montanhas e que foi originalmente construída na Idade Média do Bronze II (aprox, 1800 a.C,). 

Com a captura da cidade por Davi, Jerusa­lém entrou na esfera da história mundial. A sua escolha de uma capital foi uma atitude comprovadamente sábia. 

Ela era uma cida­de pagã, não reivindicada anteriormente por nenhuma das tribos de Israel e, portanto, não poderia ser uma fonte de ciúme. Ficava na fronteira de Judá e Benjamim, adjacente tanto à tribo de Davi quanto à de seu prede­ cessor.

Além destas vantagens políticas da época, havia os patrimónios de longo prazo de um local facilmente defensável, um su­primento de água seguro, e um clima saudá­vel. 

Com uma elevação de 850 metros, ela permanece como uma das principais capitais nacionais do mundo. Mesmo durante o ve­rão as noites são bastante frescas por causa da elevação e da brisa. 

O primeiro ato de Davi foi reforçar as fortifi­cações da cidade pela construção do Milo, talvez uma fortificação do mesmo cume e ao norte da “cidade de Davi” na área cha­mada Ofel (Ne 3.26,27). 

A senhorita Kenyon acredita que o “aterro” era uma sé­rie de eirados com subestruturas maciças na ladeira oriental, construídas para aumentar a área residencial da populosa cidade. 

Com a ascensão de Salomão, extensivas operações de construção transformaram a colina norte de Ofel em uma das maravilhas arquitetônicas do mundo. 

Naquela colina foi erigido o Templo de Salomão, sobre o provável local do sacrifício de Isaque, que seria oferecido por Abraão (Gn 22), e o local da eira de Araúna, o jebuseu (2 Sm 24.16-25), 

Os imensos muros construídos durante a época de Salomão estão provavelmente enterrados, o cercado em torno do Templo de Herodes cujas dimen­ sões ele havia praticamente dobrado em re­lação ao seu tamanho anterior.

Jerusalém passou por várias vicissitudes após a “era de ouro” de Salomão. Em aprox. 926 a.C., Sisaque invadiu Judá e ameaçou Jerusalém (1 Rs 14.25,26), mas ficou satis­feito por extorquir um pesado tributo.

Du­rante o reinado de Jeorão, a cidade foi ataca­da pelos filisteus e pelos árabes (2 Cr 21.16,17). Quando Amazias reinou, uma por­ção do muro da cidade foi destruída por Jeoás do Reino do Norte, e muito despojo foi tomado (2 Rs 14.8ss.). 

Durante o reinado de Uzias, porém, a cidade foi grandemente edificada e fortificada, e seu prestígio, em grande parte, restaurado (2 Cr 26.7,8). 

Uma outra crise na história da cidade ocorreu quando Acaz esta­va no trono na época da guerra siro-efraimita (cf. Is 7.1-9); então a nação foi ameaçada por uma coalizão de Israel e Síria (2 Rs 16.5,6), 

Uma grande crise ocorreu em 701 a.C. Os assírios, sob o governo de Senaqueribe, in­vadiram Judá e cercaram Jerusalém (Is 36­ 37). 

Apesar de extensas precauções toma­das por Ezequias – fortificando os muros e protegendo o suprimento de água – a cidade só escapou da destruição por uma inter­venção divina, como é declarado em 2 Reis 18.13-19.37 (cf. Is 22.1-14). 

O filho idólatra de Ezequias, Manassés, posteriormente for­tificou as defesas (2 Cr 33.14), e assim ela era agora uma das cidades mais invencíveis do mundo.

No entanto, o início do fim pode ser visto na ocupação da cidade por Nabucodonosor em 597 a.C., quando ele levou para o cativeiro seus melhores cidadãos e seu tesouro (2 Rs 24.10-16). 

A tragédia final ocorreu em 587/6a.C. com a completa destruição da cidade, e a transferência da maior parte dos cidadãos e artefatos para a Babilónia, A gravidade desta ruína mal pode ser estimada, e a pro­funda cicatriz jamais será apagada (Lm 1.1­ 19; SI 79.1-9). 

Arquiologia de Jerusalém

A arqueologia confirma o relato bíblico da totalidade da destruição tan­to da cidade como do campo. Porém, a esperança não morreu com a cidade. Após a ascensão de Ciro (539 a.C,), os emigrantes judeus receberam permissão para voltar e reconstruir.

 Um de seus primeiros atos foi colocar as fundações do segundo Templo. Após um período de 20 anos de negligência e apatia, a casa do Senhor foi terminada e dedicada em 516 a.C. 

A cidade e seus arredores mantiveram uma existência precária depois disso, com apenas um vestí­gio de sua glória e influência anteriores (Esdras, Neemias, Ageu; veja Restauração e Período Persa).

No século II a.C., uma outra grande crise surgiu quando os selêucidas da Síria ganharam o controle da Palestina dos ptolomeus, e Antíoco IV começou uma campanha para forçar o helenismo sobre os judeus.

 Na luta resultante, Jerusalém foi capturada em 168 a.C., e seu Templo profanado. Mas ela foi recapturada em 165 a.C. por patriotas ju­deus liderados pela família macabeana de cinco irmãos. 

O Templo, purificado e nova­mente dedicado na Festa das Luzes, conti­nuou a servir como o foco da vida religiosa e política judaica até os tempos do NT. 

Pompeu, o general romano, chegou a Jerusa­lém em 63 a.C. a convite de uma das facções antagónicas dos fariseus. O governo romano permaneceu na Palestina depois disso até que o Império Bizantino se tornou dominante. 

Durante estes anos, Jerusalém permaneceu como o centro religioso dos judeus, tanto da Palestina quanto da Dispersão. Aqui, em ocasiões da Páscoa e outras festividades, multi­dões de peregrinos convergiam para a cida­de. 

Nestes momentos, ela frequentemente se tornava um cenário de violência, como na as­censão do sucessor de Herodes, Arquelau (quando 3.000 pessoas morreram), na morte do Senhor Jesus, e quando Paulo foi resgata­ do em meio a um grande tumulto (At 21.30). 

O Templo de Herodes, que no modo de pen­sar dos judeus ainda era o segundo Templo, embora aumentado e completamente refor­mado, foi iniciado em 19 a.C. e terminado em 64 d.C., seis anos antes da total destruição da cidade em 70 d.C., seguindo uma rebelião de quatro anos contra Roma.

Jerusalém foi destruída após a segunda revolta judaica  e reconstruída por (Públio Hélio, imperador de Roma) como uma cidade pagã chamada Aelia Capitolina. 

Os cristãos se  cada vez mais numerosos na cidade; as igrejas cristãs foram erigidas ali a partir do século IV d.C. até a conquista muçulmana em 637 d.C. A influência muçulmana tem sido dominante na cidade a partir de então (e até o presente) com exceçâo do período do Reino Latino (1099-1188 d.C.) e outros breves in­tervalos durante as Cruzadas.

A Palestina foi ocupada pelo Império Otomano durante qua­ tro séculos (1517-1917).

Desde o último trimestre do século XIX, a imigração judaica de todo o mundo tem aumentado grandemente o tamanho da cida­de, sendo que até o presente momento existe uma população de cerca de 300.000 judeus e 80.000 árabes.

Após o término do governo otomano na Palestina pela Primeira Guerra Mundial, a Grã- Bretanha deteve da Liga das Nações um mandato sobre a Palestina por 30 anos. 

Quando este terminou em 1948, árabes e judeus lutaram por uma pausa ao longo das linhas do armistício que dividiu a cidade até 1967. 

Após a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel anexou a cidade santa e declara que não de­sistirá da seção oriental independentemente da decisão que for tomada sobre os outros territórios ocupados. 

Enquanto as capitais dos impérios poderosos – Tiro, Tebas, Nínive, Babilónia – permaneceram em ruínas durante milénios, Jerusa­lém sobrevive como um centro comercial e político, mas acima de tudo como um museu do passado e um símbolo de esperança para o futuro.

Bibliografia: Dicionário Bíblico Wycliffe

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